Gêneros jornalísticos

Os textos podem ser classificados segundo diversos formatos e conjunto de características. São diversas as possibilidades, as quais, explicitadas de antemão, já servem como referencial de expectativa para o leitor e de modelo para quem escreve. 

Sérgio Vaz

É como se, ao assistir a um filme, o telespectador já soubesse antecipadamente se aquela película se trata de uma comédia ou um drama.

No texto jornalístico não é diferente. Também aqui, os diversos formatos de textos podem ser ordenados e classificados em gêneros distintos. A classificação dos textos jornalísticos em gêneros tem sua provável origem no início do século XVIII, com notícias e comentários (opinião), dando origem a dualidade questionável que persiste até hoje na grande imprensa.
Quatro perspectivas são levadas em vista quando o assunto é gênero jornalístico. São eles: o conteúdo temático, interlocução, forma composicional e estilo.

Histórias em quadrinhos. Para alguns, um gênero jornalístico
O conteúdo temático refere-se ao tema, ao assunto abordado em um texto. A forma composicional diz respeito à estrutura, a organização textual. O estilo dá conta da seleção dos recursos da língua. Por exemplo, o uso da linguagem jornalística dota o meu texto de um estilo jornalístico. Por último, mas não menos importante, tem-se a interlocução, a qual se refere ao receptor: quem é ele? Qual a ideia que eu faço do meu leitor? O que ele espera do meu texto? Todos estes elementos se misturam e são decisivos na definição de um gênero jornalístico.

Não existe consenso sobre quais são os gêneros jornalísticos. Algumas classificações – mormente as europeias – chegam a incluir formatos no mínimo questionáveis, como gêneros jornalísticos. São exemplos a fotonovela, os folhetins e os quadrinhos. No Brasil, a célebre classificação de José Marques de Melo inclui, no bojo do gênero jornalístico opinativo, a caricatura, a qual, por sua vez, abrange os comics – que nada mais são que as histórias em quadrinhos.

Leia mais sobre Gêneros jornalísticos.


Leitura recomendada:

Jornalismo brasileiro | José Marques de Melo. Editora Sulina. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário.
Sua mensagem é muito bem-vinda!